Uber: o aplicativo que gerou a revolta dos taxistas, entenda



 A briga entre o Uber e os taxistas parece estar distante do fim. Os criadores do aplicativo alegam que o objetivo é conectar passageiros a motoristas particulares. Parte dos taxistas, por sua vez, afirmam que se trata de um aplicativo ilegal. Os donos de táxis já fizeram protestos em diversas cidades do planeta, entre elas Rio de Janeiro e São Paulo.

 A ideia do Uber é bem simples: ajudar quem precisa se locomover pela cidade a encontrar algum carro que leve ao destino desejado. Através do aplicativo, o usuário pode pedir um motorista particular.

 Custando em média 5% a mais do que os táxis convencionais, toda a transação é feita pelo app, desde o cálculo de preço pelo trajeto percorrido, até o pagamento por cartão de crédito – que fica cadastrado no sistema da empresa. Os motoristas ficam com 80% do valor e o Uber com o restante (20%).

Motivo do Uber ser questionado: 


 Para a classe, o Uber deve ser proibido, já que não possui uma lei específica e não está sujeito as regulamentações que os taxistas são obrigados a cumprir.

“O aplicativo favorece o exercício ilegal da profissão, já que os motoristas cadastrados não têm qualquer licença para prestar serviço de transporte público”,  explica Edmilson Americano, presidente da Associação Brasileira das Cooperativas e Associações de Táxis (Abracomtaxi).

Desde a sua fundação em 2010, a empresa tem causado a ira dos taxistas das cidades onde é o app funciona. Grandes protestos são feitos a favor do banimento do Uber.


Isso se agrava ainda mais já que algumas cidades, como o Rio de Janeiro, não fornecem mais o alvará. Quem quiser trabalhar legalizado, precisa herdar ou comprar a licença de outro taxista. Em alguns casos, o custo ultrapassa a casa dos R$ 100 mil.

Faturamento da Uber:
  O Uber tem apetite voraz. Em menos de cinco anos, a empresa já opera em 300 localidades mundo a fora. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília já contam com motoristas cadastrados no aplicativo.
 As questões legais envolvendo a empresa parecem não afastar investidores. Ao todo a empresa já recebeu investimentos de US$ 2,7 bilhões (R$ 8,3 bilhões em cotação atual). Em janeiro deste ano, ela estava sendo avaliada em mais de US$ 40 bilhões (R$ 123 bilhões em cotação atual), passando na época até mesmo a Petrobras em valor de mercado.
 Os protestos organizados pelo mundo parecem servir de mola propulsora para o crescimento. Em manifestações no primeiro semestre de 2015, em algumas cidades brasileiras, o Uber registrou aumento de cinco vezes na quantidade de cadastros em São Paulo e Brasília. No Rio e em Belo Horizonte, o número de registros triplicou.

Fonte: TechTudo